A escolha de livros e a relação que temos com os escritores pode ser uma forma de circum-navegar o mundo, atravessamos o tempo e toda a geografia é simbólica quando temos na mão a cultura japonesa ou os costumes eslavos. Circum-Navegar.
O livro "Magalhães - O Homem e o seu Feito" concentram duas personagens cativantes da História Universal. O autor, Stefan Zweig, foi um humanista à maneira de Erasmo de Roterdão ou Damião de Góis. Erasmo foi perseguido pelo poder e por uma sociedade obscura; Damião de Góis foi acossado (e talvez morto) pela Inquisição; Stefan Zweig foi feito personna non grata pelos nazis, a sua ascendência judaica era proibitiva para a nova ordem mundial. A outra grande personalidade desta obra é Fernão de Magalhães, o qual sempre acreditou numa certa esfericidade da Terra, facto que o poderia ter levado à fogueira.
As obras deste escritor austríaco estão marcadas pelo profundo humanismo com que insufla as suas narrações, mas também pela paixão da investigação. Se é possível notar uma certa parcialidade motivada pela admiração, não é menos verdade que Stefan Zweig não sacrifica a verdade ao seu gosto pessoal. Narra com paixão, mas com dados históricos.
Em "Magalhães" encontramos um homem obstinado em circum-navegar o planeta, um homem intransigente que não se verga perante afrontas e tentativas de traição, ao mesmo tempo, não se coloca acima do feito, sabendo que as descobertas da sua missão revolucionariam o mundo - ainda por cima controlado pelo Papa -, não deixou de ser um homem discreto e comedido.
Por vezes o estilo de Zweig pode parecer pouco histórico, uma vez que tende a poetizar os factos e o seu pensamento é visível em cada linha. Para além de historiador, é igualmente um homem preocupado com a Humanidade, por isso vê a História como um campo que pode aludir às "pequenas personagens" dos grandes feitos. Não é o caso, claro está, Fernão de Magalhães, ao serviço da coroa espanhola, roubou ao planeta um dos seus mistérios e descobriu o estreito que permitiria a passagem do Atlântico para o Pacífico.
Curiosamente, este estreito pouco foi usado depois da descoberta de Magalhães, mãos pouco habilidosas conduziam os navios contra os rochedos e a tripulação à perdição. Mas o mundo já era outro e nenhuma mesquinhez conseguiu roubar a glória eterna ao navegador português.
"Fernão de Magalhães - O Homem e o Seu Feito"
Assírio & Alvim, 2007
O livro "Magalhães - O Homem e o seu Feito" concentram duas personagens cativantes da História Universal. O autor, Stefan Zweig, foi um humanista à maneira de Erasmo de Roterdão ou Damião de Góis. Erasmo foi perseguido pelo poder e por uma sociedade obscura; Damião de Góis foi acossado (e talvez morto) pela Inquisição; Stefan Zweig foi feito personna non grata pelos nazis, a sua ascendência judaica era proibitiva para a nova ordem mundial. A outra grande personalidade desta obra é Fernão de Magalhães, o qual sempre acreditou numa certa esfericidade da Terra, facto que o poderia ter levado à fogueira.
As obras deste escritor austríaco estão marcadas pelo profundo humanismo com que insufla as suas narrações, mas também pela paixão da investigação. Se é possível notar uma certa parcialidade motivada pela admiração, não é menos verdade que Stefan Zweig não sacrifica a verdade ao seu gosto pessoal. Narra com paixão, mas com dados históricos.
Em "Magalhães" encontramos um homem obstinado em circum-navegar o planeta, um homem intransigente que não se verga perante afrontas e tentativas de traição, ao mesmo tempo, não se coloca acima do feito, sabendo que as descobertas da sua missão revolucionariam o mundo - ainda por cima controlado pelo Papa -, não deixou de ser um homem discreto e comedido.
Por vezes o estilo de Zweig pode parecer pouco histórico, uma vez que tende a poetizar os factos e o seu pensamento é visível em cada linha. Para além de historiador, é igualmente um homem preocupado com a Humanidade, por isso vê a História como um campo que pode aludir às "pequenas personagens" dos grandes feitos. Não é o caso, claro está, Fernão de Magalhães, ao serviço da coroa espanhola, roubou ao planeta um dos seus mistérios e descobriu o estreito que permitiria a passagem do Atlântico para o Pacífico.
Curiosamente, este estreito pouco foi usado depois da descoberta de Magalhães, mãos pouco habilidosas conduziam os navios contra os rochedos e a tripulação à perdição. Mas o mundo já era outro e nenhuma mesquinhez conseguiu roubar a glória eterna ao navegador português.
"Fernão de Magalhães - O Homem e o Seu Feito"
Assírio & Alvim, 2007
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ResponderEliminar.sou f'ã dooo justiiiiiin beibeeeeeeeeeeer aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahahhahahhhahahhahhah euuuuuuuuuuuuuu amoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo